22 de outubro de 2010

Nada original


Há muito não escrevo aqui... O que é errado. Mesmo sabendo que pouca gente passa por aqui me fez bem descobrir que as vezes é melhor quando existe a chance de alguem saber o que estou sentindo. Se me propus a fazer isso, tenho que ser coerente.

Tenho dormido muito pouco. A noite. Desperdiço minhas noites com episódios de seriados americanos que vão ficando mais e mais estupidos a medida que vou assistindo. Com jogos que nunca gostei. Desperdiço minhas noites me cansando para dormir durante o dia, desperdiçando assim o dia. Se eu somar 2+2 parece que vou chegar a melancolica conclusão de que entrei em uma fase de disperdiçar minha vida. Tenho dormido durante o dia não tenho sonhado. Não que eu acredite no romantico significado dos sonhos, mas é legal sonhar coisas bobas e sem explicação. Hoje tomei chá de Camomila. Duas xicaras. Aqui estou.

Ahhh, como odeio sentir esse efeito triste-blasé. Coloquei óculos escuros pra claridade da rua não me incomodar e não consigo mais seguir seu ritmo. Conscientemente perco momentos, derperdiço ideias e não ligo pros detalhes. Não é que eu queira, mas não consigo pegar tudo isso agora. Não tenho consigo estar aonde o que me importa vai acontecer. Com quem me importa. Só tenho conseguido ficar sozinha. E eu odeio ficar sozinha. Na verdade não odeio, apenas não me importava em ficar sozinha por um tempo. Agora quero ficar sozinha todo tempo. Isso tá errado. Apenas não sei explicar o que se quebrou. Colocar a culpa na Era de Aquarius é uma brincadeira que não tem mais graça. Eu não quero fugir das contradições, só entender de onde elas vêm.

As pessoas continuam morrendo... Não é que essas mortes tenham afetado meu cotidiano. Apenas eram pessoas com quem me importava, de quem eu gostava. Queria ter tido a chance de conhece-los melhor, de aprender mais com eles. É como se as pessoas ao meu redor morressem mais. Como se acontecessem coisas rins o tempo todo. É isso. Já se tornou uma espécie de piada entre meus amigos. Isso me faz mau. Acabo pirando com medo de perder as pessoas. A um tempo atrás me peguei ligando para meu melhor amigo às 7 da manhã apenas para saber se ele estava bem.

Sinto saudades do 1º ano. Acho que nunca consegui ter momentos tão cheios de felicidade-inocente-despreocupada-doce-boba com naquela época. Sinto saudades dos amigos que fiz naquele ano. Sinto saudades das aulas, das gincanas, dos jogos de handbol. Ando cansada, e nem sei do que... Dessinteressada, rude e entediante. Melancólica...Argh, melancólica.

A Original - Aline Calixto

"[...]
La em cima deixou o seu barraco aiô
Seu palácio de zinco sem mobília aia
Seu cantinho escondido pra sonhar
Dor e sonhos que nem sabe explicar
Esquecidos no longe do olhar [...]"


Ps: Obrigada por estar comigo, Chuchu...


14 de março de 2010

Eu e eles...

Todo mundo vive dizendo que todos os homens da minha vida são Felipe... Isso é uma grande injustiça, mas resolvi lista-los pra ficar bem claro quantos quais são, já que as vezes até eu me confundo. Então lá vai:

O Moreira: Um playboy sem vergonha, com certeza. O loiro, o Tikinho. O primeiro e o eterno. Minha paixão de ensino médio e um dos meus amores para toda vida. Um beijo roubado no dia dos namorados, uma paixonite avassaloadora, uma fossa tipicamente adolescente, uma amizade imensa... Certeza de que podem se passar dias, semanas ou anos, que ainda seremos "um do outro, mesmo que nos emprestemos pra todo mundo".




O Pedrosa: Ahhh, meu Pierrot, meu Beija-Flor. Meu amigo celebridade (há controvércias), O Talibã. Um dia nos se empareo, um poquim nos dois brigo, depois disso um montão nos dois se gosto... Morro de saudades desse enrolado que nunca aparece pra eu poder dar um abraço apertado e deixar ele sem graça de tanta saudade transformada em carinho num instante só...


O Bundinha: Meu irmão nego. Como tenho carinho por esse preto, que mora pra sempre no meu coração e a muitos anos é meu vizinho nesse inferno de lugar.







O Primo: Não sei muito sobre ele, do que anda fazendo, das suas preferencias ou qualquer outra coisa coisa, mas enfim, é mais um... (nem foto dele eu tenho...)



O Eduardo: Um companheiro. muitos conflitos, muita aprendizagem. Uma história com muitas virgulas e um ponto final. Muitas lembranças, boas e ruins... Um amor que acabou, mas é pra recordar.




O Luis: Uma figura peculiar... Muito peculiar...







O Bicho de Goiaba: Dançarino, companheiro de apê, de conversas até altas horas da noite, de aulas de dança que nunca sairam das conversas. O grande teórico dos assuntos banais.






O Cozinhei
ro: só experimentei seus sanduichinhos até hoje, é verdade. mas sua fama o precede. Agora uma coisa eu garanto: é um grande safadão. E um execelente formador, justiça seja feita...




O Chaban: Há! Um homenzinho... E ainda amarrando os sapatos!!! Saudades dos tempos de Quiprocó Samba Rock




Ahhh, se for parara pra pensar nem são tantoas assim vai... Mas cada um do jeito, e de maneiras bem diferentes, marcam presença...



Reflexos E Reflexões - Paulinho Moska

Diga aí amigo...
Como vai você?
Estou aqui contigo
Você também me vê

Às vezes sou seu clone
E você é o meu
Não temos o mesmo nome
Mas nossa vida se perdeu
Em encontros e desencontros
Do mesmo sopro
Que atravessa eu e você
Se estou contigo
É porque estás comigo
E nós não podemos nos perder

13 de março de 2010

Falso Blasé

"Blasé é uma expressão francesa que denomina o comportamento indiferente em relação às 'novidades' do mundo. A pessoa blasé apenas observa o mundo com um ar de deboche, na certeza de que já viu de tudo e nada é agradável, nada pode surpreendê-la."


Tenho andado assim, meio Blasé... Sem óculos escuros, mas com os dedos ainda estalando, inventando ritmo pra rua vadia. Tenho estado assim, um tanto alienada, perdendo idéias, momentos, detalhes. To me sentindo Prêt-à-Porter. Meio qualquer coisa assim, sei lá...

Esses dias senti saudades, mas não mais como antes. Só uma doce lembrança, que nem aperta mais o peito. Ando sozinha mas não cansada. Vou deixar tudo como esta, vou dormir e quero sonhar. Vou jogar ao vento as quimeras e guardar no bolso as esperanças. Seguir guardando as cartas nunca enviadas como memorias do que não foi. Vou reler bilhetes antigos, reacender memórias e recordar sentimentos. Jogar fora cadernos velhos, algumas fotos e Cd's. Vou doar minhas roupas, cortar os cabelos, lavar a cara, pintar a unha de vermelho, beber e fumar. Vou usar salto alto, sair com meus amigos e descer do salto. Vou vestir um jeans, dançar, cantar e pular. Com ou sem Make-up. Hoje quero transgredir, gritar, chorar, revolucionar! Hoje eu quero qualquer coisa, sei lá...

Quero alguma novidade que não seja pré fabricada, mesmo que seja velha e meio errada. To achando que vou ouvir Tom Jobim, no vinil, que é mais gostoso. E como se fosse a ultima canção, que é pra ver se crio coragem. Vou mandar uns telegramas e comprar uns selos. Quero uma delicia cremosa, uma briga de foice no escuro. Quero invadir corações improdutivos e fazer a festa que é pra ver se arrumo mendiga poesia...


Falso Blasé - Flavio Venturini

O que sentimos mas queremos fingir
Os olhos dizem se a palavra tentar mentir
Se um sorriso já não deu pra esquecer
Mais um motivo pra você entender

Mesmo que eu pareça blasé

Não deixa eu te perder
De pura timidez
Se muita gente abusa da timidez
Porque não posso ser o caso da vez
Mesmo se não tem solução

Traduz o pique que se tem de viver

Me faz sentir o gosto bom
de sentir amor
A seus ouvidos eu só vou revelar
Se me promete que não vai espalhar

Pode não ser muito bom tom

Sei que não é chique dizer
Mas meu ar de Leblon pode ser
Falso blasé
Pode parecer sedução
Mas vai ser em vão resistir
Se num verso de amor se disser
Te amo demais
De um jeito falso blasé


E ser feliz vai ser um fato banal

Se dá fissura a finesse é natural
De aventura também pode viver
Se quem tem desse fora o pote beber

Pode parecer sedução
Mas vai ser em vão resistir
Se num verso de amor se disser
Te amo demais
De um jeito falso blasé

11 de março de 2010

No nosso quintal

Contagem, 28 de fevereiro de 2008
No nosso
quintal juntam-se todos. No nosso quintal agente esquece dos problemas e cria sem pedir licença. No nosso quintal agente banca o bobo, agente da pala, samba mesmo e cai no swing. No nosso quintal agente bebe pegando fogo, toma cerveja de graça na segunda e acaba pagando ela no domingo. No nosso quintal alguns se rendem a pior conselheira. No nosso quintal meu Ninho vira dos outros também.
No meu quintal eu ganho presentes coloridos, reencontro os melhores presentes que se pode ganhar da vida, e como um presente providencial. No meu quintal teve gente que fez uma falta danada.

No nosso quintal agente fez uma farra danada. Brincou, bebeu, comeu, dançou. Comemorou um pouquinho mais de experiência rechedo com um monte de coisa boa (novas e velhas). Celebrou a vida e a luta!
Que venham mais dias como esse e os intevalos entre eles também, que é pra gente não esquecer os motivos de celebrar...

Ps: Sem ouvir nada hoje, to sem graça pra música (estranho)...

9 de março de 2010

Era um engano, o carnaval corrigiu...

Mesmo depois de tanto tempo, vamos falar de carnaval.

Rebolation? Nem tomei conhecimento. Com muito prazer, mal tomei conhecimento do mundo fora de algumas paredes, como se eu já não gostasse de tranquilidade e preguiça, não me faltaram desculpas pra abusar disso:

- Um pouco de baianidade (que me faz tão bem)
- Rocambole de chocolate (pras horas de preguiça maior que fome)
- Pizza de mato
- 22 pela metade
- Violeta (que espero que ainda esteja viva)
- Sorvete napolitano (pq o racambole durou pouco)
- House (pra dormir)
- Imcompatibilidade cinematografica
- Mostarda (muita mostarda)
- Coca-Cola de 600ml (600, não 500)
- 13,579 pizzarias encerrarando na hora exata em que eu to chegando
- Um certo inimigo do Peter Pan
- O beirute mais sensacional da galáxia
- Um celular (estragado, pra ninguem me ligar)
- Uma escola de samba sem samba no pé
- Uma bateria cansada
- Um furto muito honesto
- Um café com pão de queijo pra matar a saudade
- Uma ajuda do Ministerio da Saúde
- A descoberta de alguns focos de irritação bem pertinentes
- Um sinal de conversa elucidativa, alegrativa, esclarecetiva, desconfunditiva

Tudo (e pouco) dito. A saudade da preta falou mais alto



Tenho Tanto Sentimento - Fernando Pessoa

Tenho tanto sentimento

Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

19 de dezembro de 2009

...

Procuro alguem pra me dar um abraço apertado, sem se importar em molhar seus ombros e sem me pedir pra explicar nada. Eu não sei o que vou fazer, não sei pra onde vou, não sei se vou ou se fico, e não consigo nem quero me decidir.

Quem se dispuser, bjomeliga...

Aonde Deus Possa Me Ouvir - Vander Lee

Sabe o que eu queria agora, meu bem?
Sair, chegar lá fora encontrar alguem
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também

Que me oferecesse um colo, um ombro
Onde eu desaguasse todo o desengano

Mas a vida anda luca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguem

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem se combatem sem saber

Meu amor,
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde deus possa me ouvir
Minha dor eu não consigo compreender
eu quero algo pra beber
Me deixe aqui, pode sair
Adeus

12 de dezembro de 2009

Mundo, louco mundo...

Coisas estranhas tem acontecido:

Dois lados do quarteto não estão bem. Confesso que nada na vida me fez sentir tanto ódio de alguém como ver minha amiga com os olhos e o nariz mais lindo que existe vermelhos por chorar por um besta que não consegue seguer ver a exploração de uma estatal e a mulher mais fantástica que vai olhar pra ele quando vê uma. Confesso que nada me deixa mais puta do que saber que mesmo eu tendo avisado pra aquele outro que só o me importava era que minha morena fosse feliz, ele ainda teve a coragem de me contrariar e deixar ela, não sei por qual razão, triste. Por um segundo, um minuto, um dia ou seja lá quanto tempo for, ele ter feito ela não sentir vontade de sorrir me faz ter mais vontade de mata-lo do que o fato de ela ter se afastado de mim.

Perdi uma tia alguns dias atrás. Nunca tive muito contato com ela, assim como com ninguem da minha familia. Mas isso me afetou mais do que eu poderia imaginar. Mesmo não tendo histórias sobre grandes guerras de lama com meus primos e broncas das minhas tias seguidas de um castigo e um pudim de sobremesa, eu amo essas pessoas. Amo minha avó, e todos os Vital's... E por menos que eu saiba dos detalhes sobre como foi a vida deles, sei que foi difícil e cheia de feridas mau cicatrizadas. E queria que agora pudesse fazer algo para que tudo fosse mais facil... Afinal, são minha família. Fazem parte de quem a pessoa que eu mais amo é. Então, fazem parte de mim.

E enfim, eu! Me apaixonei, denovo. Depois de um bom tempo estou tendo uma daquelas paixonites que fazem agente perder o controle e falar com voz esganiçada quando o assunto vem a tona. Que me faz esconder em um alçapão e colocar o Fofo pra vigiar, todos os sinais de que isso vai terminar logo, de que eu vou acabar me enjoando. Mas eu quero experimentar isso outra vez... Sinto falta. O grande problema é que ele parece querer tanto quanto eu, e as vezes, é um completo idiota. Ter paixonites por possiveis completos idiotas devia ser monitorada e combatida por algum orgão do governo.


Dona Cila - Maria Gadú

De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu

Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu

Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé

Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto

Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé

Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer

Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um manto a ela, que ela me benze aonde eu for

O fardo pesado que levas
Desagua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim

29 de novembro de 2009

Referência ao post não feito...

E quem iria imaginar que além de tudo isso, ainda seria fã de Engenheiros...

Minha favorita, e diz alguma coisa sobre mim, e surpreendentemente pra mim, quer dizer algo sobre a pessoa da história que não contei aqui:

Nunca mais

Não é o que se pode chamar de uma história original
Mas não importa: é a vida real
Acordar de madrugada vindo de outro planeta
Sentir-se só
Uma criança num berço de ouro
E a ferrugem ao seu redor

Os muros da cidade falavam alto demais
Coisas que ela não podia mudar nem suportar
Ela quis voltar para casa
Cansou da violência que ninguém mais via
Viu milhões de fotografias e achou todas iguais

Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar
Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar
Nunca mais

Ofereci abrigo, um lugar para ficar
Ela me olhou como se soubesse desde o início
Que eu também não era dali
E quando sorriu ficou ainda mais bonita
Tinha a força de quem sabe
Que a hora certa vai chegar
Lágrimas no sorriso
Mãe e filha, chuva e sol
Segredos que não podia guardar
E não conseguia contar

Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar
Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar
Nunca mais

Eu ainda ando pelas mesmas ruas
A cidade cresce e tudo fica cada vez menor
Agora eu sei que a vida não é um jogo
De palavras cruzadas
Onde tudo se encaixa
O que será que ela quis dizer?
5 letras, começando com a letra A

Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar
Nunca mais...

2 de novembro de 2009

Diario de alguém emputecido

Tempasso sem vir aqui...

Mas voltei, e voltei PUTA!

Puta porque fiquei o feriado inteiro em casa! A maior parte dele passando mal, é verdade. Puta pq tem gente que me conhece tão pouco que acha q eu não seria capaz de entender o que a de mais elementar no ser humano: a busca da felicidade. Puta, pq a falta de interesse e a falta de atitude me confundem de maneira enlouquecedora agora. Puta pq tenho amigos que amo demais, mas que me deixam puta, porque se eu não procuro, eles nem se lembram q eu existo. Puta pq a conta de luz veio um absurdo, e a CEMIG teve a cara de pau de me dizer que "é pq não pudemos estar efetuando a leitura do relogio". Puta pq o atendente me tratou super mal e me disse que "a unica coisa que a empresa pode estar fazendo por vc é estar efetuando uma nova média e estar refaturando a sua fatura". Puta pq não tenho paciencia pra gerundismo. Puta pq tem gente que eu amo se afundando. Puta pq essa dor de cabeça não passa. Puta pq não pude ir a nenhum dos meus compromissos desse fim de semana por causa dela. Puta pq tenho milhares de coisas p resolver e não vou dar conta. Puta com os "e ai? td bem? o q vc me conta de novo?". Ahhhhhhhhhhhh, NADA! E eu fico puta com isso. Puta pq tenho certeza que vou ficar puta a semana inteira. Puta pq a semana vai ser longa e eu vou ter q lidar com muita gente não-puta. Puta pq eu queria ver gente que não queria me ver. Puta pq tem coisa que deviam, mas não me dizem. Puta pq tem conta pra caralho p pagar. Puta pq amanha tenho q ir praquele trabalho de merda e sexta tem pagamento de merda.

Ahhh, enfim, to puta!

No mais ta td beleza.

Saudades de alguns, como sempre...

Bjomeliga

Ouvindo: Dentro do Mesmo Time - Nando Reis

Entra pela porta da frente
Mas pula para o banco de trás
Abre a janela contente
Pra ver o sol fervendo no ar
E depois que o olhou
Fica sem falar

Escolhe o esmalte meticulosamente
Por ver razões na cor, que irão se explicar
Pra tudo funcionar simplesmente
Como gesto espontâneo, invulgar
E depois da cor
O que virá?

Se o mundo combinar felicidade e tristeza
Dentro do mesmo time
Lugar que não se vá
É o que há pra duvidar
Se é só isso que existe
Vai confirmar o olho que olhou
Ou esperar o sonho
Que ninguém sonhou
onde você quer chegar

Espalha graça ao pleno presente
E mesmo ausente é doce sua falta
Espelho é o mar, o lago, meus dentes
Com um beijo posso ver sua alma
E depois que eu vou
Não vou voltar.

Enorme o seu lugar, quase o vento
Mas é dentro de mim mesmo que cabe
Não há vogais a mais no silêncio
Que morre se faltar a palavra
E depois falou:
- preciso mais

6 de outubro de 2009

Medo da chuva...

Eu, particularmente detesto a chuva. Na verdade não a chuva. Adoro tomar banho de chuva. Tem gosto de infância, quando a minha única preocupação era que minha mãe não chegasse mais cedo e me pegasse toda molhado, correndo descalça pelas enchurradas que desciam morro abaixo.

Mas o ambiente que se cria antes de uma forte chuva, desde criança me entristece. Me da até um pouco de medo. Os trovões barulhentos e raios medonhos que o vento carrega me causam uma angústia terrivel, solidão. Cárcere, impotência, brutalidade indomável.

Por mais que me seja terna a lembraça de minha avó Lina dizendo que era só São Pedro arrastando os móveis de sua casa para lavar o chão, ainda assim é angustiante. Sim, por muitos anos acreditei que era isso que causava a chuva. São Pedro deixou de me dar medo junto com a decepção que o bom velhinho e o coelhinho me causaram, por não aparecerem mais e mandarem seus agrados por minha mãe ou meus tios. Quanta desfeita...

Saudades de gente que tá longe, que tá perto mas distante, de mim mesma, dos meus amigos e do Sol, que não me parece tão castigante agora.

Ouvindo agora uma fantástrica versão da música Medo da Chuva gravada pelo meu mais novo vicio, Vanguart.


"How dare you say that my behavior is unacceptable
So condescending unnecessarily critical
I have the tendency of getting very physical
So watch your step cause if I do you'll need a miracle

You drain me dry and make me wonder why I'm even here
This Double Vision I was seeing is finally clear
You want to stay but you know very well I want you gone
Not fit to fucking tread the ground I'm walking on

When it gets cold outside and you got nobody to love
You'll understand what I mean when I say
There's no way we're gonna give up
And like a little girl cries in the face of a monster that lives in her dreams
Is there anyone out there cause it's getting harder and harder to breathe

What you are doing is screwing things up inside my head
You should know better you never listened to a word I said
Clutching your pillow and writhing in a naked sweat
Hoping somebody someday will do you like I did

Does it kill
Does it burn
Is it painful to learn
That it's me that have all the control

Does it thrill
Does it sting
When you feel what I bring
And you wish that you had me to hol"