6 de outubro de 2009

Medo da chuva...

Eu, particularmente detesto a chuva. Na verdade não a chuva. Adoro tomar banho de chuva. Tem gosto de infância, quando a minha única preocupação era que minha mãe não chegasse mais cedo e me pegasse toda molhado, correndo descalça pelas enchurradas que desciam morro abaixo.

Mas o ambiente que se cria antes de uma forte chuva, desde criança me entristece. Me da até um pouco de medo. Os trovões barulhentos e raios medonhos que o vento carrega me causam uma angústia terrivel, solidão. Cárcere, impotência, brutalidade indomável.

Por mais que me seja terna a lembraça de minha avó Lina dizendo que era só São Pedro arrastando os móveis de sua casa para lavar o chão, ainda assim é angustiante. Sim, por muitos anos acreditei que era isso que causava a chuva. São Pedro deixou de me dar medo junto com a decepção que o bom velhinho e o coelhinho me causaram, por não aparecerem mais e mandarem seus agrados por minha mãe ou meus tios. Quanta desfeita...

Saudades de gente que tá longe, que tá perto mas distante, de mim mesma, dos meus amigos e do Sol, que não me parece tão castigante agora.

Ouvindo agora uma fantástrica versão da música Medo da Chuva gravada pelo meu mais novo vicio, Vanguart.


"How dare you say that my behavior is unacceptable
So condescending unnecessarily critical
I have the tendency of getting very physical
So watch your step cause if I do you'll need a miracle

You drain me dry and make me wonder why I'm even here
This Double Vision I was seeing is finally clear
You want to stay but you know very well I want you gone
Not fit to fucking tread the ground I'm walking on

When it gets cold outside and you got nobody to love
You'll understand what I mean when I say
There's no way we're gonna give up
And like a little girl cries in the face of a monster that lives in her dreams
Is there anyone out there cause it's getting harder and harder to breathe

What you are doing is screwing things up inside my head
You should know better you never listened to a word I said
Clutching your pillow and writhing in a naked sweat
Hoping somebody someday will do you like I did

Does it kill
Does it burn
Is it painful to learn
That it's me that have all the control

Does it thrill
Does it sting
When you feel what I bring
And you wish that you had me to hol"

4 de outubro de 2009

Saudades desses negos...

“É simples assim, lutamos pelo que qualquer ser humano precisa para estar de bem com ele e com tudo que o cerca”.

Roubei essa citação do Blog do meu amado Pierrot.

E quem disse isso foi outro amado. Guilherme Cedro um daqueles que como diria Vinícius, " não sabem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existencias". Recebi dele a um tempo uma carta que me preocupou. Seus desejos e sua luta pareciam estar ficando pelo caminho. A roda da vida não me deixou dar a importancia que esse assunto merecia. E aqui, me desculpo com você Gui, que não deve ter idéia de que é pra mim uma demonstração do quanto de pode ser feliz. Mesmo com toda tristeza e melancolia que a vida pode nos causar. Quero saber se esta bem, se continua lindo, escandaloso e doce como me lembro.

É uma merda não termos todo que amamos morando do ap de baixo, né?

Sempre lembro do Pierrot:


Ai se Sêsse
"Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém se acontecesse de São Pedro não abrisse a porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvés que nois dois ficasse
Tarvés que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse

Bjomeliga